A UE está a esforçar-se por se tornar o primeiro continente com impacto neutro no clima até 2050. Sendo um dos continentes que regista o aquecimento mais rápido do mundo, com os riscos climáticos a ameaçar a sua segurança energética e alimentar, os ecossistemas, as infra-estruturas, os recursos hídricos, a estabilidade financeira e a saúde das pessoas (AEA, 2024), é necessária uma ação climática ambiciosa.
É evidente que a única forma de atingir este objetivo climático é limpar os nossos sistemas energéticos e as nossas indústrias com grandes emissões. Por esta razão, o hidrogénio, enquanto vetor energético e matéria prima industrial, é amplamente considerado como uma peça central na transição europeia para energias limpas. Mas o hidrogénio enfrenta alguns desafios climáticos muito reais que têm de ser resolvidos para que possa produzir os benefícios que se pretendem. Por isso, é fundamental colocar a ciência mais rigorosa e disponível no centro da elaboração das políticas da UE para o hidrogénio.