O IX Encontro Anual da AGN pretendeu regressar à sua forma presencial, como habitualmente, no CCB em Lisboa inicialmente previsto para 18 de novembro de 2021, seguido de almoço, realizou-se a 29 de junho de 2022. Dedicado ao tema o Sistema Gasista– Rumo à descarbonização procurou confirmar a importância do contributo do Sistema gasista no cumprimento das dinâmicas energéticas globais, nas perspetivas económicas, ambientais e de segurança no abastecimento de energia à indústria e aos consumidores.
“O Gás já não é só gás natural” disse Álvaro Laranjo, novo Diretor Geral da ainda AGN - Associação Portuguesa das Empresas de Gás Natural, no seu 9º Encontro Anual.
Na Abertura do Encontro subordinado ao tema “Sistema Gasista - Rumo a descarbonização”, Jorge Lúcio, Presidente da AGN, salientou que “o mundo mudou, e mudou muito nestes últimos três anos e o setor energético foi particularmente chamado a atuar face à necessidade de resposta que as alterações climáticas criaram”.
Neste Encontro, a AGN e os seus oradores mostraram que existe uma mudança de paradigma na energia que obriga o sistema gasista a adaptar-se e concorrer para uma sociedade sustentável.
As políticas de transição energética e descarbonização apontam para a diminuição da intensidade de utilização do gás natural como combustível essencial para a economia e a sua substituição por gases descarbonizados, ou com baixo teor de carbono, como o hidrogénio, e são uma solução urgente na sociedade.
Mais uma vez foi salientado o papel da regulação na condução harmoniosa de todas as variáveis que terão que conviver ao longo deste processo. Segundo Mariana Pereira, da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, o “Gás Natural manter-se-á até 2050” cumprindo o seu papel no mix energético.
Ao nível da União Europeia o setor de gás será fortemente descarbonizado. Já hoje é dada a possibilidade das infraestruturas de transporte, distribuição e armazenamento de gás existentes, receberem gases renováveis ou de baixo teor de carbono, como o hidrogénio. Esta descarbonização da economia e a forma como o setor do gás participa são imperativos para uma transição energética sustentável a nível ambiental, social e económico.
Naturalmente que para que tudo isto aconteça em Portugal e na Europa é necessário um enquadramento regulatório adequado que estimule a produção destes gases e possibilite a adequação das infraestruturas. Dada a situação geopolítica atual, a alteração de paradigma é tão acelerada que este enquadramento regulatório também o é na sua mudança.
Ora, a AGN não podia ficar à parte em todo este processo, “tinha de evoluir e transformar-se numa associação que pudesse incorporar todos os gases: O Hidrogénio, o Biometano e o Gás Natural. Para poder melhor representar os seus associados atuais e poder acolher novos entrantes no mercado que certamente vão enriquecer esta associação, a AGN muda assim de estatutos, de designação e de logo: a AGN passa a chamar-se APEG - Associação Portuguesa de Empresas de Gás” acrescentou Álvaro Laranjo.
No encerramento do seu 9º Encontro que contou com cerca de 200 participantes do setor gasista, e de outras áreas da economia ligadas à energia, Gabriel Sousa, Vice-Presidente da AGN, salientou que “o sistema energético global português conta hoje com um sistema elétrico que recebe eletrões renováveis, e possui também um sistema de gás pronto, e já a receber, moléculas renováveis. Continuamos rumo à descarbonização com o acelerar dos gases renováveis para melhorar o poder de compra e a economia da sociedade portuguesa”.
APRESENTAÇÃO | A dinâmica da transição energética – desafios regulatórios – MARIANA PEREIRA | ERSE
APRESENTAÇÃO | Gás e a geopolítica – BERNARDO PIRES DE LIMA
APRESENTAÇÃO | MIBGAS – RAÚL SANTAMARÍA ÁLVAREZ | MIBGAS
APRESENTAÇÃO | Integração de novos gases nas infraestruturas – PEDRO CAROLA |REN
APRESENTAÇÃO | Projeto Central Térmica do Ribatejo | MIGUEL PATENA | EDP
APRESENTAÇÃO | Green Pipeline Project | Nuno Nascimento | GGND